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Mais vale prevenir, que remediar…


Já escutou esta frase? Também se aplica à nossa saúde física, mental, emocional e espiritual (ou como prefira denominar). Pode parecer que a prevenção não seja possível nesta área, por já trazermos toda uma bagagem do nosso passado, da nossa história. Mas é possível no que diz respeito à expressão física (somatização) de sintomas e/ou doenças indesejadas.


Acabaram-se os tempos em que se pensava que o corpo e a mente trabalhavam de forma separada. Corpo e mente estão conectados e influenciam-se mutuamente. Influenciam-se de forma positiva, mas também de forma não tão positiva.


A Experiência Somática permite criar essa ponte entre corpo e mente, através da abordagem em si e de uma transformação, que leva à coerência. Este método terapêutico é o lugar onde se abrem as portas às emoções a partir da sensação corporal, onde há a oportunidade de vivê-las, e não apenas falar sobre as mesmas. Falar de emoções é muito distinto de corporalizá-las e transformá-las. É preciso incorporá-las e saber qual a sua mensagem, que ação elas nos estão a pedir, pois essa é a missão das emoções.


Para comprovar o impacto que a repressão emocional pode ter na vida do individuo, deixo um excerto do excelente livro Quando o Corpo Diz Não, de Gabor Maté:Raiva, eu nunca sinto raiva”, diz um personagem de Woody Allen num dos seus filmes, “em vez disso, eu desenvolvi um tumor”. Neste livro, de leitura acessível, o médico canadiano fala da relação entre o stress e o corpo, entre emoção e stress, entre stress e doença.


A Experiência Somática é um método terapêutico naturalista que interrelaciona várias disciplinas. Baseado no trabalho de 50 anos de Peter A. Levine, psicólogo e biofísico, o método incide na transformação, no presente, através de um trabalho minucioso com o sistema nervoso do cliente. Foi criado para renegociar trauma/stress, mas a sua aplicação no dia-a-dia é vasta e impressionante. É uma técnica que a(o) vai ajudar a desacelerar, a estar mais presente no momento, a estar mais viva (o).


Conhece aquele amigo ou amiga ou aquele familiar que sempre que lhe perguntamos o que lhe apetece comer ou fazer, a pessoa nunca sabe? Talvez até seja você essa pessoa. Está tudo certo, esse comportamento encontrará a sua justificação na sua história. Mas questiono como saberá alguém quando tem fome, quando tem sede, o que lhe apetece, quais as suas necessidades, desejos e/ou vontades, se essa pessoa está completamente desconectada do seu corpo? A resposta é: não saberá. Existem vários “graus de desconexão”, claro, e sendo muito comum este cenário de completa desconexão corporal, regra geral, existe um preço a pagar por isso. Muitas respostas que procuramos, estão no nosso corpo, o podemos chegar-lhes através da nossa consciência corporal e conexão com o mesmo.


Como o próprio nome indica, as sessões de experiência somática são conduzidas através da Experiência Corporal (Somática) do cliente, de forma ponderada e gradual, com respeito pela sua resiliência e pelo lugar onde se encontra, para que não haja um reviver da experiência que causou impacto na (o) cliente, mas um renegociar dessa mesma experiência e uma possibilidade do corpo descarregar aquilo que carregava até então.


Falar de experiência corporal pode parecer algo extremamente subjetivo e, apesar de o ser, a pouco e pouco as pessoas vão desenvolvendo uma consciência e vocabulário corporal que lhes permite expressar a experiência do corpo. E esta experiência do corpo, expressada através das sensações está conectada também à mente. A consciência corporal permite um acesso preciso, por vezes nunca antes acedido, a memórias (sejam elas corporais, visuais, olfativas, auditivas ou sensoriais), a comportamentos, emoções e sentimentos e/ou significados ou crenças que a pessoa traz consigo.


“O corpo não mente.” É uma frase que muitas vezes repito, para explicar o quão “puras” são as memórias corporais, aquelas memórias que por serem inconscientes, nunca foram tocadas nem contadas e, por conseguinte, nunca foram alteradas por nós, discurso após discurso.



Se quiser saber mais sobre este método terapêutico, contacte-me. Espero por si na Clínica Magna.






Susana Rosa

Especialista em Experiência Somática

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