Desde há longa data houve pessoas que trataram das maleitas articulares causadas por acidentes ou por alterações físicas crónicas, essas pessoas tinham conhecimentos, experiência prática para as tratar. É comum ouvir dizer aos mais antigos: “nessa altura não havia mais ninguém senão o Endireita da terra”. A capacidade cinestésica desses profissionais para além de inata era melhorada após a resolução de uma entorse, de uma luxação de ombro ou joelho. Essa abordagem eminentemente biomecânica pode resolver muitas das queixas apresentadas.
O conhecimento fisiológico e anatómico com base em algumas dessas técnicas rápidas de desbloqueio articular vindas dos endireitas, colocou a Osteopatia na continuação desse legado empírico. Porém, por vezes num registo menos esclarecido, há pacientes que perguntam «não vamos estalar o pescoço como nos filmes?» comparando Osteopatas a Endireitas. Na verdade, esta proximidade surge até em piada entre colegas da profissão, designando o seu par como um «Endireita com curso».
O Osteopata, de acordo com a história clínica do paciente corroborada por achados feitos durante a consulta, conseguirá atingir a causa primária para eliminar os sintomas de forma duradoura em poucas sessões. É uma pesquisa, por vezes repleta de equívocos e informação truncada, cujo corpo do paciente ajuda a descortinar. Esse desempenho da terapêutica manual que apenas recorre às mãos e conhecimentos técnicos do terapeuta situa-a num patamar de segurança elevadíssimo.
Cada paciente que entra na nossa prática teve a enorme generosidade de nos escolher como terapeutas e expor a sua vida pessoal e corporal. O curioso é que não sabemos, à partida, qual irá ser a extensão do que fazemos. Podemos começar com propósitos meramente estruturais, quer dizer articulares, «este osso está aqui e deveria estar mais acima», para rapidamente percebermos a relação visceral de uma dor lombar, advinda de um esfíncter inflamado e estenótico ou a ligeira queda (ptose) de um órgão que pode despoletar um espasmo muscular. Podemos perceber que o nosso paciente não consegue descansar, ou que até tenha dores de cabeça, levando-nos a aplicar princípios e técnicas de Osteopatia craniana.
Se quiser saber mais sobre esta prática e, eventualmente, ter uma primeira consulta, contacte-me. Espero por si na Clínica Magna.
Bernardo Costa
Osteopata
(Cédula profissional definitiva n.º 100.003)
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