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A antiga arte da Celebração


O que celebramos revela um pedaço de quem somos, do que mais valorizamos e acreditamos. A vida exige celebração - momentos de alegria e descanso.


O próprio ato de celebrar ancora-nos numa história mais profunda - que precede qualquer sofrimento ou dor atual. Parte de um princípio que nos guia e nos é comum e que nos mantém ligados. Dá-nos o sustento, o aconchego e o calor. Faz-nos sair da ilusão e do medo. E recorda-nos que nunca estivemos sozinhos, nem nunca estaremos. Que tudo na vida comporta um princípio e um fim. Que tudo é impermanente.


As celebrações são momentos fora do tempo comum que nos permitem integrar tudo aquilo que vivemos e, olharmos para essas experiências com gratidão. E é só a partir daqui, desta consciência onde a gratidão, o amor e a maturidade se expressam, que doravante, podemos fazer diferente e melhor, tornando-nos seres mais responsáveis e dignos da dádiva que nos foi oferecida: a Vida.


Independente da situação que estamos a viver há sempre motivos para celebrarmos, basta procurarmos para lá do superficial e dos véus da ilusão. E temos infinitas formas de o fazermos: observar os pequenos “nadas” disfarçados de dádivas. Quando superamos os nossos limites; que o luto nos dá ferramentas preciosas para nos recriarmos em seres humanos mais compassivos e amorosos. Quando estamos com os que amamos. Ou quando enfrentamos grandes desafios e, sujeitos às mais diversas tentações e saídas fáceis, não nos rendemos e não nos deixamos corromper.

Estarmos presentes nas grandes celebrações da vida é tão importante como naquelas a que chamamos de pequenas, mas que na verdade muitas vezes até são as que mais nos impactam.


Estarmos suficientemente despertos para assinalar os marcos dos nossos momentos íntimos que mais ninguém se apercebe a não ser nós próprios e celebrar, ritualizando os pequenos momentos, observando e saindo da nossa rotina.


É como acedermos a um portal onde celebrando prestamos homenagem a tudo o que existe dentro de nós e para lá de nós, conferindo significado a tudo, sacralizando toda e qualquer experiência, retirando as caixas e as fronteiras do que é positivo ou negativo.


Sofia Pérez

Hipnoterapeuta | Autora | Formadora


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